segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Infantilidade

Se tu disseres que gosta de Justin Bieber, Restart ou de alguma estrela da Disney, as pessoas vão cair em cima de ti, te julgando como se te conhecessem e logo te desprezando. Elas vão criar conceitos sobre a tua mentalidade e teu caráter. E tu provavelmente vais responder com xingamentos e birra no Twitter.

Felipe Neto disse em alguns de seus vídeos que há uma “idade limite” para gostar e ser fanático por um desses êxitos atuais. Não concordo. Creio que todas as pessoas – não importando a idade – têm o direito de gostar do que quiserem. E não necessariamente têm “probleminhas” por isso. Pode até ser infantil ou estranho, uma guria com seus vinte anos gritar loucamente e espernear por um guri famoso de dezesseis, entretanto acho que não se pode fazer um julgamento prévio sobre ela. E sobre nenhuma outra pessoa que faça o mesmo.

Eu posso não ouvir as músicas dessas bandas, porém gosto de seguir algo que se chama “respeito”. É terrível uma menininha de 12 anos ter vergonha de dizer que ama os Jonas Brothers porque um grupo de marmanjos de 25 anos vai dizer que ela é uma idiota. Peraí! Quem que está sendo o idiota aqui? A guria que gosta de uma banda que faz bem pra ela e a deixa feliz ou uns caras que deveriam estar fazendo algo produtivo ao invés de ficarem o dia inteiro no computador procurando alguém pra incomodar?

É óbvio que os fãs não deveriam ficar ameaçando os outros de morte e coisa parecida, mas isso deve ser controlado pelos pais deles. E se os deixassem em paz, eu tenho certeza absoluta de que isso não aconteceria. Mas esses “adultescentes” – que na maioria das vezes são mil vezes piores do que os adolescentes – têm um prazer enorme em ver as crianças esperneando. Contudo, são eles mesmos que fazem o papel de bobos brigando dessa forma. É deles que eu rio.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"O Cravo brigou com a Rosa debaixo de uma sacada. O Cravo saiu ferido e a Rosa, despedaçada..."

Lembro-me bem do dia em que encenei essa música, aos quatro anos de idade, vestida de Rosa, em uma apresentação da escola. Eu estava terrivelmente envergonhada, mas juntei minhas forças e fui lá me apresentar. Estava tudo correndo bem, até a parte final, quando eu deveria chorar porque o Cravo morre. No entanto, na minha cabeça, aquilo era ridiculamente engraçado. A forma como o menino morreu foi tão sem noção que eu, ingenuamente, não consegui segurar as risadas. E comecei a rir, rir sem parar. O garoto abriu um dos olhos confuso. No entanto, logo levantou-se para começar a rir comigo. Quando eu percebi, estavam todos os presentes rindo. Porém, ao invés de me sentir envergonhada, como eu provavelmente me sentiria hoje, apenas me juntei ao garoto, e fiz uma reverência de agradecimento. Todos aplaudiram. E a pequena garota, acabava de transformar uma apresentação simples, bonitinha e monótona em comédia. Foi nesse dia que eu descobri que queria ser atriz...

Depois eu cresci, e descobri que além de não ter talento algum para atuar, eu sou um tanto quanto mentirosa também.