sábado, 17 de julho de 2010

Toda vez que produzo um texto, fico pensando sobre quantas pessoas já falaram do mesmo assunto, argumentaram da mesma forma e se posicionaram assim como eu. Nunca acho que minhas crônicas e meus contos são únicos. Geralmente, quando uma ideia me parece muito boa, eu me acho um tanto quanto inteligente por ter pensado nela sem me basear em algo ou alguém, pelo pensamente ter partido de conclusões minhas. Entretanto não acredito que ninguém possa ter pensado o mesmo.

Há muito mais plágio por aí do que se sabe. A questão é que na maioria das vezes não é pensado. Quero dizer, não acho que tantas pessoas assim ouviram a música de alguém, por exemplo, e resolveram copiar a introdução, o estribilho ou o refrão, ou até mesmo praticamente a música toda. Existem pessoas que plagiam intencionalmente? Existem, óbvio. Tem gente querendo se aproveitar do talento dos outros em todos os lugares. Mas não se pode achar que tudo é plágio.

Nessa época em que vivemos há tantas pessoas fazendo arte que a própria se tornou limitada e banal. Ficou praticamente impossível inovar ou revolucionar em algo.

Esses dias li uma reportagem comentando que os fãs do Foo Fighters estavam enfurecidos e gritando para todos os lados que a nova música do Offspring era um plágio de Times Like These. Eu ouvi e comparei. Realmente são muito parecidas, mas por que uma banda com tanto prestígio como o Offspring se prestaria a copiar propositalmente uma música de outra banda? Não é uma defesa, apenas não entra na minha cabeça que eles queiram fazer sucesso em cima dos outros se eles já o têm. Posso estar errada, - e há uma possibilidade grande de isso acontecer - mas creio que essas músicas foram apenas consequência dessa banalidade no mundo artístico hoje em dia.

Afinal, como diz a famosa frase: "Nada se cria, tudo se copia". Parece que agora ela faz realmente muito sentido.