domingo, 19 de dezembro de 2010

Se alguém me perguntar do que eu mais sinto falta lá do Rio Grande do Sul, irá se surpreender com a minha resposta. Porque provavelmente ninguém sente falta de algo tão peculiar como eu sinto.

Não me entendam mal meus amigos gaúchos. Eu sinto falta de vocês, sinto falta do colégio, dos professores, de Porto Alegre, da Redenção, do Bonfim, do sotaque carregado e cheio de “Tus” combinados com verbos mal conjugados... No entanto, nada me faz mais falta do que os comerciais.

Eu não sei se é esse sentimento bairrista que nos faz querer produzir as melhores e mais tocantes propagandas veiculadas na televisão. Ou se é simplesmente o fato de termos boas agências de publicidade. Ou ambas as possibilidades combinadas.

O fato é que as mensagens de final de ano da RBS e os comerciais de datas festivas do Zaffari Bourbon marcaram toda minha infância e parte da minha adolescência de forma irreversível. Impossível escutar aquela música “Vida” – tema da RBS – sem ter vontade de estar em uma daquelas terríveis praias do RS junto com a família e reclamando porque queria estar em casa no computador. Assim como já se tornou impossível escutar a breguíssima música do Claudinho e Buchecha “Fico Assim Sem Você” que no comercial de Dia das Mães/Natal do Zaffari Bourbon tornou-se uma das músicas mais lindas que eu já escutei.

Ver esses comerciais pelo youtube não só me faz sentir falta do Rio Grande do Sul, mas também me emocionam de forma que nada mais consegue. Portanto, agora que está chegando o final do ano, eu nada mais tenho a dizer senão um obrigada a essas empresas que fazem tão bem sua jogada de marketing e conseguem nos tocar tão profundamente.

Parabéns, vocês conseguiram vender seu produto!


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

“Na minha época os adolescentes não eram assim”.

Aham Claúdia, senta lá.

Assim como? Estúpidos? Coloridos? Viciados em Internet? Abertos? Drogados? Bêbados?

Bom, se a opção é Estúpidos e/ou Drogados e/ou Bêbados, eu lhe pergunto: em que mundo você vivia? Os adolescentes não estão ficando mais burros por culpa da televisão ou da internet, sempre houve os babacas. Aqueles bestinhas sem nada na cabeça. Sempre! Talvez o que haja agora seja um interesse menor pelo estudo, por ter uma opção maior de lazer. Porém os adolescentes são – de uma forma geral, no entanto não todos – um tanto quanto estúpidos. É da própria fase. Queremos testar limites e fazemos besteiras. Portanto se você acha que não viu adolescentes estúpidos na sua adolescência: 1) Você é um alien . 2) Você era dos mais babacas e ainda não sacou isso. Drogados e Bêbados: sem comentários.

Agora, se a opção é Viciados em Internet e/ou Abertos, concordo com você. Não havia Internet na sua época, provavelmente. Consequência disso é que vocês tinham menos acesso a certas informações que nós temos, portanto eram mais conservadores.

Por último, se a opção é Coloridos, meu bem, você não viveu ainda então. Os Hippies, os anos 80... mais coloridos impossível! Além disso, se você era um Hippie, se você gostava de Beatles na sua época inicial, de Madonna, entre outros... Você não pode dizer “Na minha época não era assim”. Porque era. Dos primeiros hits dos Beatles, diga-me um que fale algo interessante... Não tem. O que aconteceu foi que eles cresceram e amadureceram. E aí sim viraram o que eles representam hoje. Os Hippies, olhando hoje, podiam ser algo bonitinho com todas aquelas roupas fofas e aquela ideia de mudar tudo. E se não fossem eles, talvez nós ainda vivêssemos em uma sociedade extremamente conservadora. Mas eu duvido que todos eles tivessem muitas coisas na cabeça além de drogas e utopias.

Nenhum de nós pode dizer que os Coloridos não são nada. Eles lançaram uma nova moda. Eles podem crescer e lançarem músicas que passem alguma mensagem. Ou não. A Madonna continua fazendo músicas que só passam a mensagem de “Vamos dançar, uhul!”. Mas ninguém fala mal dela, não é mesmo?

sábado, 9 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os brasileiros têm memória seletiva. Muitas pessoas dizem que nos esquecemos de tudo, cheguei à conclusão de que nos esquecemos apenas dos brasileiros que nos fazem mal, não dos gringos. Somos extremamente receptivos e calorosos com os famosos que vêm de fora, entretanto, se algum deles pisa no nosso calo, defendemos esse país (geralmente com xingamentos de baixo nível no Twitter) como se essa fosse a coisa mais importante de nossas vidas. E mesmo que possamos perdoar, a ferida fica lá, sempre relembrando o que aquele “estrangeiro metido a besta” falou da nossa “Pátria amada, idolatrada, salve, salve”. Claro que depois de uns pedidos de desculpas tudo passa, afinal, chegamos a idiota conclusão de que estrangeiros são melhores, ainda mais os famosos. Maldita desvalorização da cultura nacional!

Pensando nisso, eu me pergunto: Não seria ótimo se tivéssemos a mesma garra e o mesmo amor pelo Brasil quando os políticos nos fazem de bobos? É, mas parece que temos um remédio muito eficaz para esse tipo de ferida e ela cura bem rapidinho, sem deixar cicatrizes. A questão aqui não se trata de perdoar. Nós não os perdoamos, apenas... “esquecemos” e os elegemos novamente. Então eles roubam absurdamente até que haja um novo escândalo, ficamos p*tos da vida e passado algum tempo, os elegemos novamente. E eles roubam absurdamente até que haja um novo escândalo, ficamos p*tos da vida e passado algum tempo, os elegemos novamente. E então eles roub... Isso não vai acabar? Círculo vicioso. Até que alguém diga: “BASTA! Cansei de me enganarem! Eu amo o meu país e não vou deixar vocês fazerem isso com ele!”. Ou até que o político corrupto em questão venha a falecer. Mas aí aparece outro e nos rouba de novo... Enfim. Não vai acabar se não decidirmos isso.

Queria que nós brasileiros transferíssemos essa raiva de quem fala mal do nosso paraíso tropical, para quem faz mal a ele. Talvez assim, a coisa não desandasse tanto. Deixemos o Robin Williams, 50 Cent, Taylor Lautner e todos os outros que falaram mal de nós de lado. Afinal não são eles que estão no controle do nosso país.

domingo, 19 de setembro de 2010

Things change, my dear

De um ano para o outro as suas ideologias se transformam em apenas bobagens que você, por ser “muito criança”, achou que revolucionariam o mundo.

De um semestre para o outro, aquele ano que parecia que ia ser maravilhoso, torna-se um inferno, cuja saída está longe demais para se alcançar, e aquele ano que parecia que ia ser insuportável, torna-se o mais inesquecível e incomparável de todos.

De um mês para o outro, uma pessoa totalmente desconhecida passa a ser uma das mais importantes da sua vida, e novamente de um mês pro outro, passa a ser apenas uma colega, uma pessoa com a qual você dividiu algum tipo de amizade, alguns tipos de segredos.

De um dia para o outro, aquela pessoa razoavelmente bonita que você via no espelho se torna a mais horrorosa que você já viu, de forma que mal consegue olhar para ela.

De uma hora para a outra, você se dá conta que por mais horrível que alguma situação tenha sido, depois dela “do chão você não passou” e que ele ainda está bem firme para que você consiga seguir por ele.

De um minuto para o outro, aquela gargalhada vira pranto e aquele pranto vira gargalhada.

E de um segundo para o outro, tudo aquilo que você levou anos construindo, pode ser destruído como se não significasse nada.


"Well life has a funny way of sneaking up on you

When you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way of helping you out when
You think everything's gone wrong and everything blows up in your face."

Igualmente desiguais

Certos gostos, talentos e manias parecem mesmo estar no sangue e não apenas na convivência. Mal conheci meu avô, mas irrevogavelmente, tem algo dele em mim. E não é apenas o DNA. Algo mais complexo, mais psicológico, eu acho. Talvez o mais bizarro de tudo que temos em comum, seja a minha escolha de profissão. Escolhi Cinema há pouco mais de um ano e apenas há alguns meses descobri que ele teve um estúdio de cinema. É estranho. Ninguém na minha família jamais demonstrou tanto interesse em trabalhar nisso, portanto não poderia ser uma influência, muito menos uma coincidência. Ele era jornalista, eu amo escrever. Ele tinha manias quase neuróticas e eu, de uma forma mais retardada, também tenho.

Há uma conexão, só pode haver. Desde pequena sempre tive uma vontade absurda de realmente tê-lo conhecido. Eu nunca soube exatamente o porquê, eu apenas queria muito. Ainda quero. Impossível, mas não há como tirar essa vontade de mim.

O mais esquisito é que ouvindo histórias sobre ele, percebo que pensamos completamente diferente. Nossas ideologias bateriam de frente. E justamente para mim que vieram parar esses gostos. Engraçado. Não que ele não fosse gostar disso, não acho que brigaríamos um com o outro, mas é apenas irônico.

Quando penso no meu futuro, sempre o quero lá. Sempre sonho que ele poderia me ver fazendo filmes e orgulhosamente diria que sou neta dele, que esse “talento” fora ele quem me passara.

É um sentimento ruim esse. Saber que algo que você supostamente sabe fazer bem, veio de uma pessoa que faleceu antes que você soubesse o que ela significava pra você e que você nunca poderia dizer “obrigada” por ela passar esses genes.

Parece que a
Fofoca é uma pretensiosa cópia sua, Vô.

“Isn't it ironic? Don't you think?"

sábado, 17 de julho de 2010

Toda vez que produzo um texto, fico pensando sobre quantas pessoas já falaram do mesmo assunto, argumentaram da mesma forma e se posicionaram assim como eu. Nunca acho que minhas crônicas e meus contos são únicos. Geralmente, quando uma ideia me parece muito boa, eu me acho um tanto quanto inteligente por ter pensado nela sem me basear em algo ou alguém, pelo pensamente ter partido de conclusões minhas. Entretanto não acredito que ninguém possa ter pensado o mesmo.

Há muito mais plágio por aí do que se sabe. A questão é que na maioria das vezes não é pensado. Quero dizer, não acho que tantas pessoas assim ouviram a música de alguém, por exemplo, e resolveram copiar a introdução, o estribilho ou o refrão, ou até mesmo praticamente a música toda. Existem pessoas que plagiam intencionalmente? Existem, óbvio. Tem gente querendo se aproveitar do talento dos outros em todos os lugares. Mas não se pode achar que tudo é plágio.

Nessa época em que vivemos há tantas pessoas fazendo arte que a própria se tornou limitada e banal. Ficou praticamente impossível inovar ou revolucionar em algo.

Esses dias li uma reportagem comentando que os fãs do Foo Fighters estavam enfurecidos e gritando para todos os lados que a nova música do Offspring era um plágio de Times Like These. Eu ouvi e comparei. Realmente são muito parecidas, mas por que uma banda com tanto prestígio como o Offspring se prestaria a copiar propositalmente uma música de outra banda? Não é uma defesa, apenas não entra na minha cabeça que eles queiram fazer sucesso em cima dos outros se eles já o têm. Posso estar errada, - e há uma possibilidade grande de isso acontecer - mas creio que essas músicas foram apenas consequência dessa banalidade no mundo artístico hoje em dia.

Afinal, como diz a famosa frase: "Nada se cria, tudo se copia". Parece que agora ela faz realmente muito sentido.

sábado, 19 de junho de 2010

"É a ignorança que astravanca o pogresso"

Dois mil e dez. Copa do Mundo. Primeira vez sediada em um país do Continente Africano. Primeira vez que eu realmente assistiria aos jogos do Brasil e primeira vez que eu realmente torceria pelo Brasil. Brasil x Coreia do Norte.

Um bar bonitinho, todo verde-amarelo, posicionado em um calçadão sem muito movimento. Sentamo-nos. Parecia bem legal. Parecia. Algumas pessoas começaram a chegar. Barulhentas. Mas tudo bem, estavam felizes. Outras pessoas se incomodaram. E eles fizeram mais barulho ainda. Eles fumavam. Mas tudo bem, pessoas da minha família fumam, estou acostumada. Outras pessoas se incomodaram. E eles praticamente jogaram a fumaça no rosto dessas pessoas. Eles comemoravam os gols derrubando as cadeiras e empurrando todos. Mas tudo bem, brigar é que não vou. Outras pessoas se incomodaram. A comemoração só se tornou pior.

Quando um menino, amigo de um amigo, comemorou ironicamente o gol da Coreia do Norte, aqueles barulhentos se irritaram. E se irritaram mesmo! Uma delas colocou o dedo na cara do menino e repetiu várias vezes com seus amigos, fazendo questão que o garoto ouvisse: “Ahh, só podia ser flamenguista!”

Ok, flamenguista, eu não sou, portanto, esse texto não se trata de uma defesa ao Flamengo. Mas sim, de debater um acontecimento que foi, no mínimo, bizarro. A atitude dessa “senhora”, foi a típica atitude de uma criança ou adolescente. Coisas que se faz quando não se pensa muito. Porém, eu sou uma adolescente. Tenho dezesseis anos. E acho o que essa moça fez, absolutamente ridículo. Ou seja, eu, que teria “justificativa” para tal ato, acho idiota. Ela, que deve ter uns quarenta anos, não mostrou nenhum sinal de arrependimento após aquilo.

Impressionei-me também ao me dar conta de que ela estava alterada assim por culpa de um jogo de futebol. E um jogo de futebol do Brasil! Com certeza ela não dá a menor bola para o nosso país durante todos os outros anos. Provavelmente fala muito mal, não toma nenhuma atitude para mudar e quando chega a Copa finge um patriotismo inexistente dentro dela. Só porque é conveniente torcer pela “melhor seleção do mundo”. Afinal, todos nós, brasileiros, temos o costume de fazer isso.

Agora, irritar-se, fingindo um sentimento que só existe de quatro em quatro anos, porque um adolescente fez uma comemoração irônica pela outra equipe, é uma das atitudes mais deprimentes que já vi. Incomoda ver, ao vivo, a ignorância de que tanto ouvi falar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada, não seja nada."

Elbert Hubbard (?)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quando eu crescer eu (não) quero ser...

Por vezes penso que todos os meus dezesseis anos de vida foram simplesmente uma grande – e bem grande mesmo! – perda de tempo. Quero dizer, não é nem um pouco divertido você ouvir que quando você tiver dezenove anos o mundo vai acabar – não que eu realmente acredite nisso –, que o Aquecimento Global vai destruir nosso planeta em vinte anos – claro, se 2012 não fizer isso antes –, que temos de escolher uma profissão no final de nossa adolescência, ainda que estejamos em planos de destruição global e mesmo que o mercado esteja supersaturado em todas as carreiras que você quer seguir ou então ter que ouvir que as mesmas não lhe darão dinheiro, nem futuro, nem absolutamente nada.

Afinal, você é apenas um adolescente inútil que não sabe fazer nada direito e que tem que ser infeliz ganhando montantes de um papel impresso porcamente para que seus familiares possam encher o peito e dizer que você é o orgulho deles.

Então é isso? A felicidade dos outros depende da nossa infelicidade?

E que bosta é essa que para você ser o orgulho de alguém tem que ser pelo único – e escroto – motivo de que ganha uma boa grana? Não poderia ser pelo simples fato de ser uma pessoa de boa índole; por ter conseguido o que sempre sonhou; por fazer seu trabalho bem feito?

Eu gostaria, sinceramente, de não ser apaixonada por grandes metrópoles. Mas eu sou. O que me leva a pensar que se quero viver nelas, terei que ganhar algo de dinheiro, fato que por sua vez me leva a pensar que se preciso dele para sobreviver – aluguel do apartamento, comida, luz, água, condomínio... – terei que 1)Ser realmente incrível no que faço e ainda sim ter uma GRANDE sorte ou 2)Escolher uma profissão que me pague melhor.

E cheguei a uma conclusão: morrerei de fome, não tomarei banho e usarei somente a luz do sol, mas não vou ser médica!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ouço muito as pessoas dizerem que faço errado. Mas será que seria o errado mesmo? Eu não sei me desvincular desse meu lado altruísta totalmente. É ÓBVIO que, como todos os seres humanos, em alguns momentos eu sou egoísta. Mas quando se trata de algo mais sério, que envolva geralmente os sentimentos dos outros, eu simplesmente não consigo ser tão egocêntrica. E isso é uma merda, eu sei! Porque 99,9% das vezes, esses mesmos ‘outros’ não estão nem ligando para o que eu sinto.

Claro que nunca sou totalmente um ou totalmente outro. Eu oscilo entre os dois extremos. Talvez o mais correto seria dizer que na questão de sentimentos, sou 75% altruísta e o resto egoísta. Os motivos que uso para certas atitudes são escolhidos a partir de como os outros irão se sentir, normalmente penso em algo como “Mas se fizer isso, eu o estarei desrespeitando”, porém junto a isso, sempre tenho um pensamento egoísta que me faz ver que seria ruim para mim, caso eu tomasse alguma atitude que desrespeitasse alguém.

Muitas vezes, é desagradável de qualquer jeito, tomando ou não a atitude. Aí sim, nesses momentos, creio que posso dizer que me torno uma pessoa completamente abnegada. Alguns podem pensar que utilizo desse tal ‘altruísmo’ para decidir as coisas. Ou seja, coloco minhas decisões em cima dos outros, como se jogasse a bola para eles. Bom, se for assim, até faria sentido, porque sou o tipo de pessoa que se confunde muito, odeio decidir. E odeio decidir, porque sempre acho que a pessoa que está naquele momento comigo não vai gostar da minha escolha e eu quero o melhor para ela. E acaba sendo o tal do ‘altruísmo’ de novo...

É um círculo vicioso.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Você é o tijolinho que faltava na minha construção...

O ventinho frio e gostoso de outono chegou e a nostalgia veio junto com ele. Os cheiros característicos me levam de volta à minha infância.

Hoje durante a aula de Biologia o professor comentou sobre a doença Diabetes e logo veio na minha mente as imagens de uma campanha publicitária do ICD - Instituto da Criança com Diabetes, que passava em 2001 se não me engano. Na época, eu tinha uns 8 anos de idade e tinha uma verdadeira paixão pelo comercial. Cantava o tempo todo aquela música da Jovem Guarda que todos achavam brega, mas eles conseguiram tornar muito fofa com aquelas crianças cantando.

http://www.youtube.com/watch?v=NAtWeaYi4b8

"Você é meu amorzinho, você é meu amorzão..."

Texto tosco sim e daí?

terça-feira, 23 de março de 2010

Fazendo jus ao nome do blog

Eu sou uma adolescente estúpida. Não, não se preocupe você também é. Não se sinta ofendido, na realidade todos nós somos. Todos! Sem exceções.

Nós somos estúpidos desde o momento em que o espermatozóide mais rápido encontra o óvulo até o momento em que damos o último "suspiro". Nunca deixamos de ser. E a intensidade da nossa estupidez não varia. O que varia é a frequência com que a expomos ao mundo.

Quando somos crianças fazemos uma quantidade absurda de coisas estúpidas. Por quê? Porque somos crianças, ainda estamos aprendendo as consequências dessas atitudes. Viramos adolescentes e deixamos de fazer várias daquelas coisas de criança. Então passamos a fazer outras piores. Sabemos que temos de ser bonzinhos em casa (algo nada estúpido) para podermos sair com nossos amigos e beber todas (algo muito estúpido).

Seguindo a linha de estupidez que seria a "normal", nós nos tornamos adultos e supostamente aprendemos as consequências. Temos a noção agora de que qualquer estupidez, por menor que ela seja, nos custará todas essas coisas estúpidas às quais damos tanto valor: dinheiro, emprego, convívio social...

Porém, nós, seres humanos, somos estúpidos e sempre nos falta algo que não captamos bem na infância ou na adolescência. E então saímos com nossos amigos para beber (o que já não é mais estúpido) e decidimos que bêbados, vamos dirigir. Pegamos o carro e a adrenalina de fazer algo estúpido nos faz aumentar a velocidade. Pronto, fazemos a maior estupidez de todas: no auge dessa característica que nos é comum, passamos o sinal vermelho e tiramos a vida daquele que ainda nem sabe pronunciar "estúpido".

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Você não é diferente. Você é igual.

Você nunca será o único a ser de algum jeito. Sempre terá alguém a se parecer com você. Convença-se disso e não diga que é diferente de todos. Pode ser diferente se comparado a mim. Mas terá alguém para ser comparado e dizer que é igual, ou pelo menos muito parecido.

Não coloque seus cabelos para cima porque quer se distinguir. Não combine roupas de uma forma específica porque será um ponto destacado no meio da multidão. Não se encha de piercings e/ou tatuagens porque ao olharem você na rua, as pessoas irão comentar muito. Siga o seu estilo porque você gosta, porque é o seu estilo. Não para ser diferente. Essa ideia é idiota. Idiota pelo simples fato de que não existe. Você nunca será diferente.

Tomar atitudes para ser diferente não lhe dará personalidade, ou melhor, não fará as pessoas pensarem que tem. Tome as atitudes por gostar delas e não faça questão de mostrá-las aos outros. Isso é personalidade.

Você não é diferente. Você é igual.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A (ex)capital do calçado

O teu aspecto sujo e feio. As tuas ruas fedentinas por culpa do esgoto. Os teus habitantes mal-humorados e esnobes. As tuas árvores, que não são muitas, mas são suficientes. O teu (único) shopping pequeno e apinhado de pessoas que querem aproveitar o ar-condicionado. As tuas escolas particulares na “Guerra Fria”. As tuas escolas públicas na guerra bem declarada entre os alunos. É, quem diria? Eu sinto saudades, nostalgia; eu tenho boas lembranças. Quem diria, Novo Hamburgo, que um dia, eu faria um texto só para falar de ti? Justamente, eu.

Nossa relação de amor e ódio, começou, acho que desde que eu tive o prazer de nascer em Porto Alegre e não aí, e portanto poder bater no peito e dizer “Sou de Pooorto”. E se acentuou quando tua escola, Pio XII, comportou alunos que gostavam de me incomodar. Ficou forte também, quando me dei conta da falta de lugares para lazer aí. Depois disso o sentimento só foi se alastrando. Talvez a culpa nem fosse tua. Mas eu a jogava em ti.

Porém, agora, longe, sinto falta de ti. Não exatamente de ti, mas do que tu guardas contigo, das lembranças minhas que tu roubaste. Ah, como faz falta acordar às 6:30 da madrugada em pleno mês de junho, sonolenta, e lutar contra o vento frio e cortante para chegar até a escola, envolta por mil blusões e agasalhos. Faz falta os dias que, no início da noite, eu voltava das aulas de basquete e aproveitava para comprar uns cachorros-quentes da Lulu (o melhor!). Sinto saudades dos domingos deprimentes, nos quais ninguém saía para as tuas ruas, e quem se aventurasse nesse programa de índio, com certeza ficava mais deprimido do que em casa. Faz falta os dias na Ginástica, pedalando a bicicleta de rodinhas rosa, brincando no parquinho, temendo a casa “assombrada” que na verdade era só a sede dos escoteiros e aproveitando os aniversários. Saudades até de não ver absolutamente nenhuma alma viva andando por ti, quando mal batiam 19:00 horas.

Saudades de uma cidade previsível e monótona, para qual não me inspira voltar, mas que me acolheu por catorze anos, mesmo quando eu insistia em gritar que ela não prestava.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cresci, mas não quero aparecer

Esta noite tive um sonho estranho: sonhei que um professor de química, que eu nunca vira durante toda minha existência, lançava monstros de lama para nos atacarem. Engraçado ou não, acordei em um pulo, extremamente nervosa e suando frio. Percebi que o suor nada tinha a ver com o sonho... Eu estava dormindo sob uma colcha, em um dia de verão. Mas o nervosismo tinha.

Durante o sonho, aqueles monstros realmente me assustaram, portanto hoje, resolvi parar para pensar o porquê. E me dei conta: a pressão psicológica dos professores e diretores da minha escola sobre o último ano, está, finalmente e infelizmente, surtindo efeito em mim. As aulas começarão daqui um mês e alguns dias e inconscientemente estou tremendo de medo. Mesmo que ache que nem é tudo aquilo que eles falam, essa história está me assustando, mais do que deveria.

Ao mesmo tempo que quero necessitadamente que as aulas comecem - mesmo que isso implique ver algumas, diga-se de passagem: VÁRIAS, pessoas que não suporto -, sei que uma semana depois já estarei louca querendo que acabem. No entanto, não sei se quero que o fim de 2010 chegue logo, já que terei um vestibular a minha espera com uma folha cheia de bolinhas querendo me ferrar sobre a mesa.

De fato, já descobri: PAREM O MUNDO, QUE EU QUERO DESCER!