Nós somos estúpidos desde o momento em que o espermatozóide mais rápido encontra o óvulo até o momento em que damos o último "suspiro". Nunca deixamos de ser. E a intensidade da nossa estupidez não varia. O que varia é a frequência com que a expomos ao mundo.
Quando somos crianças fazemos uma quantidade absurda de coisas estúpidas. Por quê? Porque somos crianças, ainda estamos aprendendo as consequências dessas atitudes. Viramos adolescentes e deixamos de fazer várias daquelas coisas de criança. Então passamos a fazer outras piores. Sabemos que temos de ser bonzinhos em casa (algo nada estúpido) para podermos sair com nossos amigos e beber todas (algo muito estúpido).
Seguindo a linha de estupidez que seria a "normal", nós nos tornamos adultos e supostamente aprendemos as consequências. Temos a noção agora de que qualquer estupidez, por menor que ela seja, nos custará todas essas coisas estúpidas às quais damos tanto valor: dinheiro, emprego, convívio social...
Porém, nós, seres humanos, somos estúpidos e sempre nos falta algo que não captamos bem na infância ou na adolescência. E então saímos com nossos amigos para beber (o que já não é mais estúpido) e decidimos que bêbados, vamos dirigir. Pegamos o carro e a adrenalina de fazer algo estúpido nos faz aumentar a velocidade. Pronto, fazemos a maior estupidez de todas: no auge dessa característica que nos é comum, passamos o sinal vermelho e tiramos a vida daquele que ainda nem sabe pronunciar "estúpido".